Shalom !!!
Depois de um problema com o acesso ao blog, estou de volta !!! Hoje vou comentar alguns pontos da parashat hashavua (porção da Torah dessa semana) que se chama ראה - Re'eh - "Veja", que se inicia no capítulo 11, verso 26 do Sefer haDvarim (Deuteronômio) e termina no capítulo 16, verso 17. A Haftará (conclusão) se encontra no livro de Yeshayahu haNavi (profeta Isaias) 54.11 até 55.5, e a e a porção indicada da Brit Chadashah (Nova Aliança) se encontra em Bessorat Al-pi Yochanan (Evangelho segundo João) 7.37-52.
É interessante notar que o Eterno, mesmo depois de tirar o povo de Israel de Mitzraim (Egito), ainda concede o direito deles escolherem se querer obedecê-Lo ou seguirem seu próprio caminho. A parashá começa da seguinte forma:
"Vejam, eu concedo diante de vocês hoje bênção e maldição. A bênção para os que guardarem os mandamentos de Ad-nai vosso D-us que eu vos ordeno hoje. E a maldição se não guardarem os mandamentos de Ad-nai vosso D-us e vos desviardes do caminho que eu vos ordeno hoje para irem após outros deuses que não conhecestes." Devarim 11.26-28 - Traduzido direto do texto original hebraico.
Bênção
Amados, a palavra ברכה - brakhah - "bênção", também significa "abundância", deixando claro a vontade do Eterno de que Seu povo viva uma boa vida, sem que nada falte. Aliás, a terra de Israel, é uma terra muito bonita, terra que realmente "mana leite e mel", porém, tem escassez do elemento mais importante para o homem: água !!! Se não tem água, não tem plantação, não tem pasto, portanto não tem colheita, e nem corte de gado para uma boa alimentação. Portanto, o Eterno condicionou a bênção, a abundância daquele lugar à chuva, como pode ser visto na parashá passada, עקב - 'Eqev - "Porque", no verso 11 do capítulo 11 de Devarim.
O Eterno também condicionou as chuvas, que seriam responsáveis pela abundância, à observância dos mandamentos Dele, como podemos ver também na parashá passada, nos versos 13-15 do capítulo 11, o que nos levará ao segundo ponto dessa parashá.
Maldição
A palavra קללה - Qelalah - "Maldição", também significa "calamidade, desgraça pública", ou seja, seria exatamente o contrário da bênção, da abundância, que é consequência da obediência, portanto, uma das consequências da desobediência seria a falta da chuva, e por isso a escassez do cultivo, do gado de corte, etc.
Outra coisa que é interessante notarmos nessa parashá, é a inteira dependência do Eterno que Israel viveria ao entrar na terra prometida, visto que Israel não poderia fazer chover por vontade própria, e por isso vemos que sempre houve graça de D-us na Torah, ao contrário do que dizem algumas religiões que insistem em dividir a bíblia em duas eras: "Era da Lei" e "Era da Graça", como se as duas coisas fossem incompatíveis. E da mesma forma que vemos nos escritos da Nova Aliança, também vemos na Torah que a graça também vem da dependência de D-us.
Sangue
Passemos para outro ponto importante dessa parashá: o sangue !!! Há muita polêmica envolvendo a questão do sangue na bíblia. O Eterno ordenou que não se comesse sangue (12.23)porque o sangue é "alma" (heb: נפשׁ - nefesh), e que não deveríamos comer a carne com sua alma, então concluímos que não devemos comer animais que ainda estão vivos, pois até mesmo um shochet (abatedor observante da Torah) deve abater os animais de forma a não causar dor a eles, pois essa dor seria impregnada na carne. E essa é só uma das consequências de se comer sangue: ingerir a dor do animal. Existem muitas outras implicações em se comer sangue.
Idolatria
Muitas pessoas acham que D-us foi "malvado" ao mandar que Israel matasse os habitantes da terra, porém nenhuma dessas pessoas conhecia o povo que habitava ali. Está escrito, e lemos nessa parashá, que eram povos tão maus, que queimavam seus filhos e suas filhas em sacrifício a seus deuses. A ordem do Eterno de matar esses povos foi para que Israel não se contaminasse com essa idolatria e maldade desses outros povos, e seria também uma espécie de punição para esses verdadeiros malvados. A ordem de D-us foi de que Israel derrubasse e destruisse todo objeto de idolatria desses povos, para que pudesse possuir a terra. O curioso é que a arqueologia nos mostra que ainda existem em Israel, "postes ídolos", diante dos quais os antigos habitantes dali se cortavam, se mutilavam, em sacrifícios a deuses. E ainda hoje a ordem do Eterno vigora, e esses postes deveriam ser destruídos, porém, esses objetos de idolatria são considerados como "tesouros arquelógicos" e por isso não é permitida a sua destruição. Será também por culpa disso que vemos tantas coisas ruins acontecendo em Israel ? Como paradas gays em vários lugares importantes de lá ? É triste, mas li a notícia de que se planeja transformar Tel-Aviv na capital mundial do mundo gay. Então Israel deve obediência ao Eterno, para que as chuvas Dele voltem a cair.
Remissão
Para aqueles que "torcem o nariz" para a Torah, vemos claramente uma alusão ao reinado milenar de Yeshua haMashiach no capítulo 15 inteiro dessa parashá. Trata-se do ano da remissão, do ano sabático, onde os servos são livres, as dívidas perdoadas, etc. Podemos ver isso fazendo parte da missão messiânica de Yeshua, quando ele mesmo lê a haftará de Yeshayahu dizendo: "o espírito do Eterno está sobre mim..."
Segundo o judaísmo, o mundo terá 7000 anos, vindo então o Olam habá (Mundo Vindouro), estamos no ano de 5767. Nós messiânicos então devemos interpretar que o último milênio, o milênio sabático será os mil anos do reinado de Yeshua, e que este representa o ano sabático descrito na Torah.
Vemos então que não tem como desligar Yeshua haMashiach da Torah, ou qualquer escrito nazareno, sejam os evangelhos, cartas, etc.
"Shalom rav leohavei Toratekha" - "Paz abundante para os que amam a Tua Torah"
Shavua tov - Boa semana
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