Esse série de artigos visa responder aos argumentos cristãos que contrariam as Sagradas Escrituras (Torah, Profetas, Escritos e Brit Chadashah).
1º Lei x Graça
"A Lei foi substituída pela graça"
Primeiro vamos entender o que é "graça". A palavra "graça" em nosso idioma quer dizer favor, ato de bondade, gentileza. Mas no contexto hebraico (que é o contexto bíblico), o que significa "graça"? A palavra que representa essa "graça" em hebraico é חסד - "chêssed" e com excessão do livro de Salmos os quais eu não verifiquei, os únicos lugares onde a palavra chêssed foi traduzido como "graça" foi em Gn 20.13, Dn 1.9, Jr 31.2 e Ester 2.9. Traduzido como "misericórdia", essa palavra é encontrada em Gn 19.19, Ex 20.6, Nm 14.18, 14.19, Dt 5.10, 7.9, 7.12, Js 2.12, 2.14, Jz 1.24, 1 Sm 15.6, 20.8, 2 Cr 6.42, Pv 16.6, Dn 9.4, Jn 2.8, Lm 3.22, 3.32, Os 6.6, 10.12, Jl 2.13, Jó 10.12. A palavra misericórdia em hebraico é רחמים - rachamim, e significa dó, clemência, piedade. Existem outras traduções para chessed no Tanach, mas a mais correta, "graça", não encontramos muitas vezes. Mas o que isso quer dizer? Isso representa uma grande tendenciosidade nas traduções, querendo demonstrar (como disse Joseph Shulam) que no Tanach existe misericórdia, mas não graça, ao contrário da Brit Chadashah, onde se vive pela graça.
"Mas o que significa a graça no contexto bíblico?"
Imagine que você cometeu um crime tão grave que mereça a pena de morte, e então você pede outra chance, mas ninguém vê em você motivo para te dar outra chance, mas mesmo assim você a recebe, sem ter que dar nada em troca, apenas o arrependimento sincero. Isso é graça, aquele favor que você não merece, mas mesmo assim lhe é dado. Será que isso não existia no chamado "Antigo Testamento"? Quando o Eterno deu a Torah a Israel, Ele mostrou através dela o que é pecado e o que não é pecado. Para aqueles que cometessem pecados (transgredissem algum mandamento), havia o sistema de remissão de pecados através de sacrifícios de animais, a pessoa sacrificava e estava perdoada. Isso é graça, pois a pessoa recebeu outra chance, isso não é misericórdia, isso é GRAÇA!!!
Existe um midrash sobre um salmo que diz que David se aproxima de um juíz, o qual diz que David deveria pagar. David responde que não tinha dinheiro suficiente para pagar. O juiz então disse que David deveria dar tudo o que tinha para pagar, mesmo que não fosse suficiente, e o que faltasse, o juiz completaria do próprio bolso para pagar. Quando damos o melhor para o Eterno, mesmo sabendo que não é suficiente, e Ele completa o que falta, isso é GRAÇA!!!
"Mas então qual a diferença do NT?"
A diferença está na forma de sacrificar. Yeshua substituiu os sacrifícios de remissão de pecados (não os outros), sendo o sacrifício perpétuo por todos os pecados. O sistema é o mesmo, a pessoa peca, se arrepende, clama por perdão, crê em Yeshua como o seu sacrifício, como a sua salvação, e recebe o perdão. Essa é a diferença do sistema sacrificial no Tanach e na Brit Chadashah.
Então depois de explicado o que é graça, e como ela se manifesta no Tanach e na Brit Chadashah, vamos entender o que é Torah. A palavra תורה - Torah em hebraico significa "Instrução". É na Torah que está contida a Lei de D-us (pois a Torah também conta a história da criação, de como D-us começa a se relacionar com o homem, etc) como um conjunto de mandamentos que falam sobre relacionamento entre os homens e D-us ,e entre eles mesmos. É através da Torah que podemos saber o que D-us espera de nós, e como devemos agir com os outros.
"E o que significa pecado?"
Para responder a isso vamos usar a definição bíblica, simples, clara e objetiva do que é pecado:
"Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei."
1 João 3:4
"Mas Paulo escreveu que todos aqueles que são das obras da Lei estão debaixo de maldição (Gl 3.10)"
Sim, escreveu, mas o que ele quis dizer com isso? O que são "obras da Lei"? As obras da Lei, é o que a má interpretação da Torah traz ao homem, é a Lei pela Lei, exemplo: Um homem casado não pode ter outras mulheres, mas ele as deseja, e em suas relações sexuais com a esposa, ele as imagina, mas segundo a interpretação literal da Torah, ele não pecou por isso. Mas será que esse é o cumprimento da Lei que D-us espera? Vejamos o esclarecimento por parte do Messias:
"Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela."
Mateus 5:28
Quem desejar outra mulher transgride a Torah, entendeu a diferença? A Torah não é a Lei pela Lei, ela deve ser enxergada além, através do princípio que está por trás de cada mandamento, porque Paulo também escreveu:
"E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom."
Romanos 7:12
Portanto, "Obras da Lei" significa uma observância contrária àquela que D-us quer, contornando a Lei, buscando brechas para poder pecar sem ser condenado pela Lei como é escrita.
"Mas Paulo também escreveu Cristo nos resgatou da maldição da Lei, por isso a Lei é maldita (Gl 3.13)"
Realmente Paulo escreveu isso, mas o que ele quis dizer? O que é "maldição da Lei"? Vejamos o que diz a Lei:
"Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando; Porém a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes."
Deuteronômio 11:26-28
Então o que significa "maldição da Lei"? Significa a maldição para todo aquele que peca segundo as escrituras. Yeshua no livra dessa maldição, pois é o nosso sacrifício perpétuo.
"Mas Yeshua disse que já cumpriu a Lei e por isso não precisamos mais cumprí-la (Mt 5.17)"
A palavra escrita nos textos gregos utilizados para as traduções é "plerosai", que segundo os melhores léxicos significa "completar, tornar pleno, tornar cheio" e em último caso "cumprir". Então a tradução teria muito mais sentido se fosse feita corretamente:
"Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas vim completar/tornar pleno/ensinar o pleno cumprimento."
Mateus 5:17
E o restante do texto corrobora com isso, veja:
"Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus."
Mateus 5:18,19
Essa leitura explica os ensinos de Yeshua, pois podemos ver ele corrigindo as interpretações dadas à Torah ao longo de todos os evangelhos, geralmente com frases como "Ouvistes o que foi dito.... eu porém vos digo..."
"Mas Jesus transgrediu o sábado para curar...(Lc 14.1-5)"
Quando o Eterno criou o shabat, ele estava pensando no homem, em um dia de descanso, de júbilo, santificação, relacionamento com Ele, um dia que é uma "amostra grátis" do Mundo Vindouro. Mas como alguém pode desfrutar de tudo isso estando doente? O próprio judaísmo permite violar o shabat em algumas ocasiões:
"É lícito violar um Shabat para que muitos outros possam ser observados; as leis foram dadas para que o homem vivesse por elas, não para que o homem morresse por elas." Todas as seguintes coisas eram lícitas no Shabat, segundo a escola de Hillel: salvar vidas, aliviar dores agudas, curar picadas de cobra, e cozinhar para os doentes" (Shabat 18.3; Tosefta Shabat 15.14; Yoma 84b; Tosefta Yoma 84.15)
Isso mostra que Yeshua estava em consonância com as leis judaicas, pois em casos extremos, é permitido curar e realizar algumas outras atividades emergenciais no shabat. A mesma coisa ocorre quando em um shabat, os discípulos colheram espigas para comer (Mc 2.23-27) e Yeshua citou como exemplo David, quando ele e seus homens comeram os pães dos sacerdotes porque estavam com fome, transgredindo assim a Torah. O que isso mostra? Que a Torah não é engessada, e que valoriza a vida do homem, e que em certos momentos extremos ela pode ser violada em prol da preservação da vida.
"Jesus deu mandamentos mais leves (Mt 11.30)"
Nesse texto Yeshua estava falando sobre a forma de se cumprir a Torah, e não que ele inventou uma nova Torah mais leve. Mesmo porque, os mandamentos de D-us não são pesados (I Jo 5.3). Se formos pensar em o que é mais leve, Yeshua é muito mais rígido em vários pontos da Torah, como no caso em que só olhar para outra mulher e desejá-la já caracteriza pecado, ou que o divórcio só é permitido em caso de imoralidade sexual (a saber, no caso de um homem se casar com uma mulher que não for mais virgem), etc.
"Jesus deu apenas dois mandamentos (Mt 22.35-40)"
O que Yeshua fez nesse caso não foi substituir toda a Torah por apenas dois mandamentos, mas sim apenas explicando que toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos, corroborando com o que eu expliquei acima sobre a Torah ser um conjunto de mandamentos que visam zelar pelo relacionamento com D-us e com as outras pessoas.
"Paulo disse que Pedro vivia como um gentio (Gl 2.11-14), isso significa que ele não cumpria mais a Lei"
Conforme já foi explicado nesse blog, essa passagem na realidade não quer dizer que Kefá (Pedro) vivia como um gentio (goy), mas sim que estava se comportando como um estrangeiro תתנהג כנכרי - titnaheg kenachri. Isso porque Kefá tentou disfarçar que estava comendo com gentios diante dos judeus. Mas comer com um gentio significa comer como os gentios? Não!!! É perfeitamente possível comer com gentios e ainda assim comer comida kasher (permitida pela Bíblia). Já almocei várias vezes com amigos e irmãos gentios, eles comiam o que queriam e eu comia kasher. O problema aqui é que Kefá ficou intimidado pela presença de judeus no recinto, achando que seria acusado de alguma coisa. Kefá tinha essa personalidade, e já tinha feito isso em outra ocasião nas escrituras em Marcos 14, Lucas 22 e João 14, quando ele negou a Yeshua por medo de represálias.
Sha'ul (Paulo) repreendeu Kefá (Pedro) porque não estava agindo conforme a Lei ao agir da forma que ele fez, pois além de tentar esconder que estava fazendo algo, ele ainda daria a entender que os gentios eram crentes de segunda classe, constrangendo-os involuntariamente à circuncisão pelos motivos errados. É exatamente essa a mensagem de Sha'ul aos gálatas, que estavam se convertendo ao judaísmo pelos motivos errados, pois pensavam que a partir disso poderiam se gloriar por terem se tornado judeus, fugir da perseguição romana e ainda adicionar algo à sua salvação.
"Paulo disse que quem cumpre a Lei, se faz escravo pois ensina que Agar, a escrava, representa o Sinai, que é a Lei (Gl 4.21-31)"
Os cristãos interpretam essa passagem como se Sha'ul ensinasse que Agar, a escrava de Avraham (Abraão) representa a Lei, e Sarah representa a graça. Sendo assim, aqueles que cumprem a Torah são feitos escravos. Vamos ver o que Sha'ul disse?
"O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós."
Gálatas 4:24-26
Prestemos muita atenção no que Sha'ul diz:
"Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos."
Será que Sha'ul estava falando mesmo sobre a Torah? Vamos ver de outra forma:
"... Agar... corresponde à Jerusalém que agora existe..."
Sha'ul está comparando a escrava à Jerusalém, que estava totalmente escravizada pelos romanos, corrompida pelo homem, os quais até mesmo compravam títulos de sacerdotes e sumo-sacerdote sem terem direito algum, entre outros. Isso é fruto de uma observância sem fé dos mandamentos, essa é uma das "Obras da Lei" que Sha'ul cita, uma obediência vazia, mas não por culpa da Torah, mas sim por culpa do próprio homem que é mau desde a sua meninice (Gn 8.21).
Aqueles que estavam contrangindo os gentios à circuncisão, agiam de acordo com essa Jerusalém, e também aqueles que cediam a esse constrangimento também. Estes eram os filhos de Agar, a escrava. Sha'ul diz que Agar é Sinai, simplesmente porque ela era da região do Sinai, a qual compunha a antiga região da Arábia junto com a atual Arábia Saudita e a Cisjordânia, e não que Agar representa a Torah. Vamos continuar:
"Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós."
Gálatas 4:26
Nosso anseio está na Nova Jerusalém descrita na Revelação de Yochanan (João), a qual esperamos pela fé, a qual é pura, incorruptível, santa. Essa Nova Jerusalém será livre das "Obras da Lei" (a observância vazia e pervertida da Torah).
"D-us disse para Pedro não considerar nenhum alimento como impuro (At 10.9-16)"
Vamos ler o texto:
"E no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta. E tendo fome, quis comer; e, enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos, E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra. No qual havia de todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da terra, e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que D-us purificou. E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se ao céu."
Atos 10:9-16
A primeira curiosidade desse texto diz respeito à hora. A "hora sexta" corresponde ao meio-dia. Kefá (Pedro) subiu ao terraço para fazer a oração de "Minchá Guedolá" (Grande Minchá), que é feita ao meio-dia e meia na tradição judaica. Isso já mostra que ele não abandonou os costumes judaicos. No versículo 14 de Atos 10 podemos ver Kefá respondendo que nunca comeu nada que fosse imundo (mesmo depois da vinda de Yeshua), e isso mostra também que a mensagem de Yeshua em nada contrariou a Torah (como ele mesmo explicou em Mt 5.17), pois mesmo passado tanto tempo da vinda do Mashiach (Messias), os discípulos continuavam observando a Torah e pregando o evangelho. Mas o que será que esse texto quer dizer na realidade? Encontramos a explicação nas próprias escrituras:
"E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos. E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem. E, falando com ele, entrou, e achou muitos que ali se haviam ajuntado. E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo."
Atos 10:24-28
No verso 28 conseguimos então encontrar o significado da visão de Kefá:
"...mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo."
D-us estava dizendo a Kefá que não havia homens impuros, e que por isso ele deveria anunciar a salvação também aos gentios. Nada tem a ver com as leis alimentares que se encontram na Torah.
Temos mais uma curiosidade um pouco mais a frente do texto:
"E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona."
Atos 10:30
A hora nona corresponde às 15:00 hrs, e nessa hora é feita a oração de "Minchá Ketaná" (Pequena Minchá) que é feita a partir das 15:30 até o por do Sol. Tenho em mente criar um estudo sobre Cornélio e mostrar porque ele rezava como os judeus e porque ele dava bom testemunho aos judeus.
"Paulo disse que não estamos mais debaixo da Lei, mas sim debaixo da Graça!(Romanos 6.14)"
Vamos ler o texto:
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça."
Romanos 6:14
Vamos ver a continuação do texto:
"Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum."
Romanos 6:15
As próprias escrituras nos ensinam, conforme já foi visto nesse mesmo artigo, que pecado é transgressão da lei, então vamos "traduzir" a palavra "pecado":
"Porque a transgressão da lei não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois que? Transgrediremos a lei porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum."
Já melhorou bastante, não é? Mas acho que podemos melhorar ainda mais. O judeu-messiânico David H. Stern, tradutor da Bíblia Judaica Completa, do Novo Testamento Judaico e também autor do Comentário Judaico do Novo Testamento e do Manifesto Judeu-Messiânico, captou perfeitamente o sentido da expressão grega υπο νομον - ypo nomon - normalmente traduzido como "debaixo da lei", traduzindo por "sob o legalismo", ou sob uma observância sem fé da Torah, ou mesmo sob uma observância pervertida da Torah. Então o melhor sentido de Romanos 6.14,15 seria:
"Porque a transgressão da Torah não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo do legalismo, mas debaixo da graça. Pois que? Transgrediremos a Torah porque não estamos sob o legalismo, mas debaixo da graça? De modo nenhum."
Agora que trouxemos os versículos para o contexto correto (aliás um exercício muito proveitoso), vamos às explicações. O legalismo levava todos ao pecado.
Mas o que é legalismo?
Legalismo é um sinônimo para "Obras da Lei", e como já vimos, é a forma errada de se cumprir a Torah, e traz distorções, perversões, e outros desvios ao cumprimento sincero dos mandamentos do Eterno. Isso não significa que a Torah é ruim, mas sim que o homem é mal, e uma hora ou outra acaba pervertendo a Torah ao seu favor.
Legalismo é pecado, e leva a outros pecados. Por isso Sha'ul explicou que saímos do legalismo para a graça, e por isso não pecamos mais, porque sob a graça não pervertemos a Torah. A Torah deve ser cumprida com amor, com respeito e zelo por ter vinda direto do Eterno. É a conclusão que Sha'ul dá a essa passagem:
"Transgrediremos a Torah porque não estamos sob o legalismo, mas debaixo da graça? De modo nenhum."
Ou seja, não é porque não cumpriremos a Torah de forma legalista pois estamos debaixo da graça, que não devemos cumprir a Torah. O próximo capítulo de Romanos também é muito interessante e ele mostra muito bem o que foi escrito aqui sobre a santidade da Torah, a sua espiritualidade e sobre a maldade humana:
"Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço."
Romanos 7:7-15
"Mas então, existe como harmonizar a Lei com a Graça?"
Sim, é o correto!!! Ao invés de Lei x Graça, agora chegamos a Lei + Graça! A Lei deve ser cumprida, isso agora é um fato, mas obviamente por causa das limitações humanas, da má inclinação, da fraqueza em resistir às armadilhas do adversário, ninguém consegue cumprir a Torah de forma satisfatória, sempre tropeçando nalgum ponto. E é nesse momento em que entra a Graça, nos perdoando. Isso significa que eu posso pecar à vontade que sempre serei perdoado? De forma alguma!!! Não é o tipo de comportamento ensinado pelas escrituras:
"Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo."
1 João 2:1
Não devemos pecar, mas se por acaso (e não deliberadamente) pecarmos podemos pedir perdão para o Pai através de Yeshua haMashiach.
Em breve trarei mais artigos dessa série, e pretendo complementar o que foi escrito nesse.
Até a próxima!!!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Préambulo
Shalom,
O intuito dessa postagem é ser um pré-âmbulo para outra postagem, na qual os argumentos critãos anti-Torah e antissemitas serão refutados, e as leis do Eterno bem como a eleição do povo judeu serão confirmados. Um resumo da fé judaico-messiânica:
1º O judeu messiânico deve ser judeu.
Parece estranho ter que dizer isso, mas é necessário. Pessoas que se achegam ao judaísmo messiânico sem ter nenhuma origem judaica e se dizem judeus messiânicos. O judeu-messiânico tem que ser judeu. Na minha opinião (e de algumas outras pessoas), aquele descendente de judeus que foram forçados a se converterem ao cristianismo também são judeus. O filho de pai judeu também é judeu (isso repito, na minha humilde opinião). Mas ok, em que implica essa afirmação? Afirmar que o judeu messiânico deve ser judeu, implica no fato de que aos judeus foi dada a Torah, como um conjunto de instruções, mandamentos, leis e estatutos perpétuos, por todas as gerações. Implica também em observar as tradições de seu povo, que foram se desenvolvendo ao longo de toda a história. Infelizmente no judaísmo hoje, as tradições são vistas com a mesma autoridade da Torah, mas novamente na minha opinião, devem ser vistas como uma padronização, uma formatação, a Torah diz o que deve ser feito, e a tradição diz como deve ser feito. Por exemplo, a Torah diz que devemos rezar o Shemá, e as tradições dizem a partir de que horas, até que horas, em pé, deitado, andando, etc. Ser judeu implica também muitas vezes em perseguições, preconceitos, agressões (principalmente como as que temos visto em Israel, quando os palestinos terroristas esfaqueiam sem mais nem menos os judeus nas ruas), etc. Ser judeu implica em ser luz para as nações, em ser um povo que apesar dos seus erros, sempre busca a justiça, especialmente por ser o povo detentor das revelações de D-us. Ser judeu implica em saber o valor, a responsabilidade e o peso de ser judeu. O não-judeu (chamado gentio) que se aproxima do judaísmo messiânico, não deve querer tornar-se judeu, pois ele deve manter a sua própria cultura (desde que não seja contrária às escrituras), ppois essa cultura também tem valor.
2º D-us deu a Torah a Israel, e ela é imutável e perpétua.
As escrituras não anulam as escrituras, se D-us disse que os estatutos serão perpétuos, então serão perpétuos e ponto final. Se em determinado ponto das escrituras, está escrito que "A" é "A", e em outro ponto parece dizer que "A" é "B", então o segundo ponto está sendo interpretado errado e deve ser revisto, até ser encontrada uma interpretação que harmonize as duas passagens. Cremos que a Torah é perpétua, boa e necessária para uma vida justa e segundo a vontade do Eterno. É como um manual para a vida. Irrevogável, imutável, indestrutível, ela é árvore da vida para os que nela se apóiam, e os que nelas se apegam são bem aventurados (Provérbios 3). Ela é a base, o fundamento, a revelação do que D-us espera do homem, e não há motivos para enxergá-la como obsoleta, ineficaz, ineficiente, incompetente. Portanto a Torah vigora!
3º Israel é o povo de D-us
Isso não é questionado entre os judeus, mas entre os não-judeus ainda existe a "Teologia da Substituição", que diz que a igreja de Cristo substituiu Israel quanto à eleição, se tornando assim o "Israel Espiritual". Bom, quanto a isso posso citar inúmeros versículos, mas vou citar apenas alguns:
"Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho."
Deuteronômio 32:9,10
"E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei."
Atos 21:20
"Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!"
Romanos 11:11,12
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades."
Romanos 11:25,26
Israel é o povo de D-us, e sempre será o povo de D-us. Os não-judeus que se achegam à fé no D-us de Israel, através do Messias de Israel, são enxertados em Israel, e não devem jamais ensinar que substituíram Israel.
4º Messias é judeu
Sim, o Machiach (messias) é judeu:
"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."
Miquéias 5:2
"E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor."
Lucas 2:10,11
Filho de judeus cumpridores da Torah:
E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Yeshua, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos."
Lucas 2:21-24
Yeshua era fariseu:
"Alguns dos emissários eram fariseus. Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado. Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando."
João 1:24-28
Yeshua era rabino:
"Perguntaram-lhe eles: Mestre (Rabino), sabemos que falas e ensinas com retidão e que, sem fazer acepção de pessoa alguma, ensinas o caminho de D-us segundo a verdade"
Lucas 20:21
Yeshua confirmou a obediência à Torah:
"Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para torná-los plenos. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus."
Mateus 5:17-19
Yeshua confirmou a autoridade dos fariseus:
"Então, Yeshua disse à multidão e aos seus discípulos: Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam."
Mateus 23:1-3
Yeshua condenou aquelas tradições que contrariavam a Torah (e somente as que contrariavam):
"Então alguns fariseus e mestres da lei, vindos de Jerusalém, foram a Jesus e perguntaram: Por que os seus discípulos transgridem a tradição dos líderes religiosos? Pois não lavam as mãos antes de comer!Respondeu Jesus: "E por que vocês transgridem o mandamento de Deus por causa da tradição de vocês? Pois Deus disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’ e ‘quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é uma oferta dedicada a Deus’, ele não é obrigado a ‘honrar seu pai’ dessa forma. Assim vocês anulam a palavra de Deus por causa da tradição de vocês."
Mateus 15:1-6
Existem muitos outros versículos que comprovam esses pontos, mas não quero criar uma postagem que esgote o assunto, isso é apenas um resumo da fé judaico-messiânica, e a primeira parte de um estudo que visa refutar as acusações cristãs contra a Torah. Em breve escreverei a segunda parte.
Shabat shalom
O intuito dessa postagem é ser um pré-âmbulo para outra postagem, na qual os argumentos critãos anti-Torah e antissemitas serão refutados, e as leis do Eterno bem como a eleição do povo judeu serão confirmados. Um resumo da fé judaico-messiânica:
1º O judeu messiânico deve ser judeu.
Parece estranho ter que dizer isso, mas é necessário. Pessoas que se achegam ao judaísmo messiânico sem ter nenhuma origem judaica e se dizem judeus messiânicos. O judeu-messiânico tem que ser judeu. Na minha opinião (e de algumas outras pessoas), aquele descendente de judeus que foram forçados a se converterem ao cristianismo também são judeus. O filho de pai judeu também é judeu (isso repito, na minha humilde opinião). Mas ok, em que implica essa afirmação? Afirmar que o judeu messiânico deve ser judeu, implica no fato de que aos judeus foi dada a Torah, como um conjunto de instruções, mandamentos, leis e estatutos perpétuos, por todas as gerações. Implica também em observar as tradições de seu povo, que foram se desenvolvendo ao longo de toda a história. Infelizmente no judaísmo hoje, as tradições são vistas com a mesma autoridade da Torah, mas novamente na minha opinião, devem ser vistas como uma padronização, uma formatação, a Torah diz o que deve ser feito, e a tradição diz como deve ser feito. Por exemplo, a Torah diz que devemos rezar o Shemá, e as tradições dizem a partir de que horas, até que horas, em pé, deitado, andando, etc. Ser judeu implica também muitas vezes em perseguições, preconceitos, agressões (principalmente como as que temos visto em Israel, quando os palestinos terroristas esfaqueiam sem mais nem menos os judeus nas ruas), etc. Ser judeu implica em ser luz para as nações, em ser um povo que apesar dos seus erros, sempre busca a justiça, especialmente por ser o povo detentor das revelações de D-us. Ser judeu implica em saber o valor, a responsabilidade e o peso de ser judeu. O não-judeu (chamado gentio) que se aproxima do judaísmo messiânico, não deve querer tornar-se judeu, pois ele deve manter a sua própria cultura (desde que não seja contrária às escrituras), ppois essa cultura também tem valor.
2º D-us deu a Torah a Israel, e ela é imutável e perpétua.
As escrituras não anulam as escrituras, se D-us disse que os estatutos serão perpétuos, então serão perpétuos e ponto final. Se em determinado ponto das escrituras, está escrito que "A" é "A", e em outro ponto parece dizer que "A" é "B", então o segundo ponto está sendo interpretado errado e deve ser revisto, até ser encontrada uma interpretação que harmonize as duas passagens. Cremos que a Torah é perpétua, boa e necessária para uma vida justa e segundo a vontade do Eterno. É como um manual para a vida. Irrevogável, imutável, indestrutível, ela é árvore da vida para os que nela se apóiam, e os que nelas se apegam são bem aventurados (Provérbios 3). Ela é a base, o fundamento, a revelação do que D-us espera do homem, e não há motivos para enxergá-la como obsoleta, ineficaz, ineficiente, incompetente. Portanto a Torah vigora!
3º Israel é o povo de D-us
Isso não é questionado entre os judeus, mas entre os não-judeus ainda existe a "Teologia da Substituição", que diz que a igreja de Cristo substituiu Israel quanto à eleição, se tornando assim o "Israel Espiritual". Bom, quanto a isso posso citar inúmeros versículos, mas vou citar apenas alguns:
"Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho."
Deuteronômio 32:9,10
"E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei."
Atos 21:20
"Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!"
Romanos 11:11,12
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades."
Romanos 11:25,26
Israel é o povo de D-us, e sempre será o povo de D-us. Os não-judeus que se achegam à fé no D-us de Israel, através do Messias de Israel, são enxertados em Israel, e não devem jamais ensinar que substituíram Israel.
4º Messias é judeu
Sim, o Machiach (messias) é judeu:
"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."
Miquéias 5:2
"E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor."
Lucas 2:10,11
Filho de judeus cumpridores da Torah:
E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Yeshua, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos."
Lucas 2:21-24
Yeshua era fariseu:
"Alguns dos emissários eram fariseus. Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado. Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando."
João 1:24-28
Yeshua era rabino:
"Perguntaram-lhe eles: Mestre (Rabino), sabemos que falas e ensinas com retidão e que, sem fazer acepção de pessoa alguma, ensinas o caminho de D-us segundo a verdade"
Lucas 20:21
Yeshua confirmou a obediência à Torah:
"Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para torná-los plenos. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus."
Mateus 5:17-19
Yeshua confirmou a autoridade dos fariseus:
"Então, Yeshua disse à multidão e aos seus discípulos: Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam."
Mateus 23:1-3
Yeshua condenou aquelas tradições que contrariavam a Torah (e somente as que contrariavam):
"Então alguns fariseus e mestres da lei, vindos de Jerusalém, foram a Jesus e perguntaram: Por que os seus discípulos transgridem a tradição dos líderes religiosos? Pois não lavam as mãos antes de comer!Respondeu Jesus: "E por que vocês transgridem o mandamento de Deus por causa da tradição de vocês? Pois Deus disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’ e ‘quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é uma oferta dedicada a Deus’, ele não é obrigado a ‘honrar seu pai’ dessa forma. Assim vocês anulam a palavra de Deus por causa da tradição de vocês."
Mateus 15:1-6
Existem muitos outros versículos que comprovam esses pontos, mas não quero criar uma postagem que esgote o assunto, isso é apenas um resumo da fé judaico-messiânica, e a primeira parte de um estudo que visa refutar as acusações cristãs contra a Torah. Em breve escreverei a segunda parte.
Shabat shalom
Assinar:
Postagens (Atom)